Atualização do Arquivo Pasolini de Todos os corpos de Pasolini
La rabbia (A raiva, Itália, 1963, 53’, p&b, doc). Direção: Pier Paolo Pasolini e Giovanni Guareschi. Produção: Gastone Ferranti / Opus Film. Assistência de Direção: Carlo di Carlo. Comentário em versos: Pier Paolo Pasolini. Vozes: Giorgio Bassani (poesia), Renato Guttuso (prosa). Música: cantos da revolução cubana, cantos da revolução argelina, cantos popolares russos, Lo shimmy (Angelo Lavagnino), Concerto disperato (Simoni, Rosso, Lavagnino), Tiger Twist (Armando Sciascia), Suoni in coreografia (Sciascia), Adagio (Tommaso Albinoni). Quadros: Ben Shahn, Jean Fautrier, Georges Grosz, Renato Guttuso. Montagem: Pier Paolo Pasolini, Nino Baragli, Mario Serandrei. Assistência de Montagem: Sergio Montanari. Distribuição: Warner Bros.
Comizi d’amore (Comícios de amor, Itália, 1964, 88’, p&b, doc). Direção: Pier Paolo Pasolini. A célebre pesquisa itinerante de Pasolini sobre as falsas e absurdas ideias que os italianos comuns faziam sobre o amor e o sexo.
Pasolini in Terra Santa (Pasolini na Terra Santa, Itália, 1968, 17’, cor, doc). Direção: Angelo D’Alessandro. Os locais onde Jesus teria vivido e pregado são comentados por Pier Paolo Pasolini através das imagens da viagem que o diretor fez pela Palestina quando procurava locações para seu filme Il Vangelo secondo Matteo (O Evangelho segundo São Mateus).
Appunti per un film sull’India (Anotações para um filme sobre a Índia, Itália, 1968, 32’, p&b, doc). Direção: Pier Paolo Pasolini. Notas sobre a Índia, escritas com a câmera, para a TV7, para um filme nunca realizado.
Pasolini intervista Ezra Pound (Pasolini entrevista Ezra Pound, Itália, 1968, 9’, p&b, doc). Direção: Pier Paolo Pasolini. No outono de 1968, Pasolini encontrou-se, pela primeira vez, em Veneza, com o poeta americano Ezra Pound.
III B: Facciamo l’appello: Pier Paolo Pasolini (Itália, 1971, 58’, p&b, doc). Direção: Pier Paolo Ruggerini. Apresentação: Enzo Biagi. Em 1971, Pier Paolo Pasolini encontra seus velhos companheiros de escola durante o popular programa de TV da Rai III B: Facciamo l’appello. O programa, que deveria ir ao ar em 1971, foi censurado na época e exibido apenas no dia 3 de novembro de 1975, no dia seguinte ao assassinato de Pasolini. Pode ser visto na íntegra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=werNaIojL5o.
Le Mure di Sana’a (Itália, 1971, 12’45”, cor, doc, TV). Direção: Pier Paolo Pasolini. Produzido para a UNESCO, um dos mais extraordinários ensaios audiovisuais de Pasolini.
Pasolini e il cinema: al cuore della realtà (Itália, 1974, cor, doc). Direção: Francesco Savio.
Pasolini e la forma della città (Itália, 1974, cor, doc, TV). Direção: Paolo Brunatto.
L’ultima intervista a Pier Paolo Pasolini, 31 Ottobre 1975 (A última entrevista a Pier Paolo Pasolini, 31 de outubro de 1975, França, 1975, cor, doc, TV). Versão integral da última entrevista a Pier Paolo Pasolini por ocasião da apresentação na França de seu último filme, Salò o le 120 giornate di Sodoma (Salò, ou os 120 dias de Sodoma, 1975). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=w9Ef1y_OY-U.
Il sogno di una cosa: 1943-1949. Pasolini in Friuli (O sonho de uma coisa:1943-1949. Pasolini no Friuli, Itália, 1976, 45’, cor, doc). Direção: Nino Zanchin. Roteiro: Francesco Bortolini. O documentário pretende recordar Pasolini afastando o personagem da retórica fácil e das comemorações convencionais, focando um período menos explorado de sua vida: os anos juvenis passados em Friuli, através dos depoimentos dos que conheceram e frequentaram o jovem Pasolini.
Io sono Anna Magnani (Itália, 1979, 105’, cor e p&b). Direção: Chris Vermorcken. Documentário sobre a atriz Anna Magnani, com cenas de arquivo de Pier Paolo Pasolini.
Laboratorio Ronconi: Calderon (Itália, 1979, 80’, cor, doc, TV). Direção: Miklós Jancsó. Em 1979 o cineasta Miklós Jancsó entrevista o cineasta Luca Ronconi abordando sua vida pessoal e artística e sua opção pelo teatro, e em especial pela montagem do Calderon de Pasolini no laboratório teatral de Prato.
Wie de Waarheid Zegt Moet Dood / Whoever Says the Truth Shall Die (Holanda, 1981, 60’, cor & p&b, doc, TV). Direção: Philo Bregstein. Produção: Verenigde Arbeiders Radio Amateurs Television (VARA). Documentário sobre a vida e a morte de Pier Paolo Pasolini, com depoimentos de Bernardo Bertolucci, Laura Betti, Maria Antonietta Macciocchi, Nino Marazzita, Alberto Moravia, e cenas de arquivo de Pier Paolo Pasolini. O filme traz algumas imagens chocantes do cadáver de Pasolini.
A futura memoria: Pier Paolo Pasolini (Itália, 1986, 115’, cor, doc). Direção: Ivo Barnabò Micheli. Documentário sobre a vida e a morte de Pier Paolo Pasolini.
Il pratone del Casilino (1996). Direção: Giuseppe Bertolucci. Monólogo retirado de Petroleo, de Pier Paolo Pasolino, encenado antes como peça de teatro.
Turcs Tal Friul (Os turcos no Friuli, Itália, 1996, 90’, cor, drama). Direção: Elio De Capitani. Música: Giovanna Marini. Com Lucilla Morlacchi, Giovanni Visentin. Teledrama baseado na peça de um único ato escrita em friulano por Pasolini durante a guerra, em maio de 1944, inspirada na lápide da igreja de Santa Croce que recorda a invasão dos turcos em Casarsa no ano de 1499. Neste auto ou “mistério sacro”, Pasolini faz um paralelo entre a invasão dos turcos e a ocupação nazista da Itália, as lutas da resistência e os bombardeios americanos de 1944 que miravam a ponte e a ferrovia sobre o Tagliamento. A peça veio à luz apenas em 1976. Gravado em locações, num burgo friulano.
Una disperata vitalità (Uma desesperada vitalidade, Itália, 1998, cor, doc). Direção: Mario Martone e Laura Betti.
L’Altro Enigma (O outro enigma, Itália, 1999, 105’). Direção: Carlo Tuzii. Com Vittorio Gassmann, Alessandro Gassman, Fanny Ardant, Annie Girardot, Ninetto Davoli, Carlo Monni. O telefilme é uma versão de Affabulazione, tragédia inspirada em Sófocles que Pasolini escreveu em 1966, composta de oito atos em versos livres, com um prólogo e um epílogo. Foi encenada pela primeira vez em 1977 por Vittorio Gassman e seu filho Alessandro. Um homem de meia idade, experiente e cínico, com ciúmes da juventude do filho, tenta desesperadamente destruir a virilidade dele. O rapaz sucumbe ao instinto de morte e o pai perde suas certezas, acabando como um vagabundo errante.
Pier Paolo Pasolini e la ragione di un sogno (Itália, 2001, cor e p&b, doc). Direção: Laura Betti e Paolo Costella. Roteiro: Laura Betti e Pasquale Plastino. Produção: Jean-Pierre Bailly, Roberto Cicutto, Carlo Degli Esposti. Trilha original: Bruno Moretti. Fotografia: Fabio Cianchetti. Edição: Roberto Missiroli. Assistente de Direção: Antonio Cecchi. Som: Fabio Cerretti. Edição adicional: Paolo Petrucci. Documentário sobre Pier Paolo Pasolini com cenas de arquivo e entrevistas com Pasolini e com Francesca Archibugi, Bernardo Bertolucci, Mimmo Calopresti, Mario Cipriani, Franco Citti, Sergio Citti, Pappi Corsicato, Ninetto Davoli, Andrea De Sica, Virgilio Fantuzzi, Giacomo Marramao, Mario Martone, Soo Min Choul, Michela Noonan, Tullia Perotti, Enzo Siciliano, Paolo Volponi.
Salò Documentary (Inglaterra / Itália / Canadá, 2001, cor, doc). Direção, Roteiro: Mark Kermode. Documentário sobre a realização de Salò, que lança luzes sobre os problemas enfrentados pelo cineasta durante a realização de seu último filme, que muitos consideravam o mais insuportavel da história do cinema. Embora não fosse ilegal, causava grande escândalo na época que os jovens que filmavam nus tivessem em torno de 16 anos.
Bernardo Bertolucci: A cosa serve il cinema? (Bernardo Bertolucci: Para que serve o cinema?, Itália, 2002, TV, 57’, cor e p&b, doc). Direção: Sandro Lai. Fotografia: Daniele Piccioni. Edição: Giuseppe Baldieri. Documentário sobre o cineasta Bernardo Bertolucci, com cenas de arquivo de Pier Paolo Pasolini.
La voce di Pasolini (A voz de Pasolini, Itália, 2005, 53’12, cor, doc). Direção: Mario Sesti e Matteo Cerami. Documentário onde Toni Servillo lê poemas, ensaios e depoimentos à imprensa de Pier Paolo Pasolini, com imagens de arquivo e fragmentos do filme nunca realizado Porno-Teo-Kolossal.
Pasolini prossimo nostro (Itália, 2006, 58’, cor e p&b, doc). Direção: Giuseppe Bertolucci. Com Franco Merli, Pier Paolo Pasolini, equipe e elenco de Salò. No set de Salò, Pasolini é seguido por uma pequena equipe dirigida pelo jornalista Gideon Bachmann, na feitura do making of de Salò, que inclui longa entrevista com o diretor atacando a sociedade de consumo. Originalmente intitulado Pasolini prossimo venturo, o filme combina imagens em preto e branco do documentário com os belos stills de Deborah Beer e cenas coloridas do set das filmagens de Salò.
‘Na specie de cadavere lunghissimo (Uma espécie de cadáver longuíssimo, Itália, 2006, 70’, cor, video). Direção: Giuseppe Bertolucci. Com Fabrizio Gifuni. Gifuni assume com grande dedicação um trabalhop particularmente ambicioso: encontrar o nó poético que uniu Pier Paolo Pasolini aos seus assassinos. Sob a direção de Giuseppe Bertolucci, nasce um projeto teatral que confronta os textos mais polêmicos e políticos de Pasolini, entre os quais Scritti corsari (Escritos corsários), Lettere luterane (Cartas luteranas) e a última entrevista a Furio Colombo poucas horas antes de morrer, a um poema de Giorgio Somalvico, “Il pecora” (“O ovelha”). Este último descreve em hendecassílabos, num romanesco reinventado, o delírio de um assassino, um jovem borgataro sem valores nem cultura, antropologicamente mutante. É um dos tantos subproletários descritos com pesar e preocupação pelo poeta de Casarsa.
Callas assoluta (Itália, 2007, cor, doc). Direção: Philippe Kohly. Documentário comemorativo dos 30 anos da morte de Maria Callas, com cenas de arquivo com Pier Paolo Pasolini.
Erika Rabau: Puck of Berlin (Alemanha, 2008, 87’, cor e p&b, doc). Direção: Samson Vicent. Documentário com cenas de arquivo com Pier Paolo Pasolini.
Punti di Vista: La rabbia di Pasolini: ipotesi di ricostruzione della versione originale del film (Pontos de Vista: A raiva de Pasolini: hipótese de reconstrução da versão original do filme, Itália, 2008, 83’, p&b e cor, doc). Direção: Pier Paolo Pasolini, Giuseppe Bertolucci, a partr de uma ideia de Tatti Sanguineti. Produção: Istituto Luce / Gruppo Editoriale Minerva / Raro Video / Cineteca del Comune di Bologna. Vozes: Giorgio Bassani (poesia), Renato Guttuso (prosa), Giuseppe Bertolucci (prosa), Vittorio Magrelli (poesia). Montagem: Fabio Bianchini. Imagens de arquivo de Pier Paolo Pasolini, Fidel Castro, Charles de Gaulle, Yuri Gagarin, Giovanni Guareschi, Nikita Khrushchev, Sophia Loren, Marilyn Monroe, Alighiero Noschese, Papa João XXIII, Rainha Elizabeth II. Em 1962, o produtor Gastone Ferranti convidou Pasolini para realizar um documentário utilizando imagens de arquivo de seu cinejornal Mondo libero. Pasolini aceitou por considerar que no meio da banalidade daqueles cinejornais havia algumas imagens belíssimas e que seria a ocasião para criar um novo tipo de filme, que ele definiu como ensaio ideológico e poético. Ao ver o resultado da edição de Pasolini, com seus 70 minutos, Ferranti se asssustou e convidou Giovanni Guareschi, o criador de Don Camillo, para contrastar sua visão politicamente oposta à de Pasolini numa “segunda parte” do filme, com isso reduzindo os 70 minutos da edição de Pasolini a 53 minutos, eliminando 16 das 66 cenas do roteiro original. Ao ver a edição de Guareschi, Pasolini escreveu um artigo comparando o colega a Eichmann e renegando o resultado da empreitada de Ferranti, que tentou lançar La rabbia (1963) como um duelo entre os dois autores. A estratégia fracassou, pois nenhum dos dois realizadores assumiu a edição final. Pasolini recusou-se mesmo a publicar seu roteiro original, que só veio a luz, pela primeira vez, em Per il cinema (Milano: Mondadori, 2001, tomo I, p. 353-404), parte de suas póstumas Obras completas. Em 2008, Giuseppe Bertolucci, irmão de Bernardo, refez o filme de Pasolini acrescentando ao episódio uma reconstrução a partir do roteiro mutilado dos dezesseis minutos que faltavam, utilizando cinejornais da época, da morte de De Gasperi ao advento da televisão. O filme de Pasolini reconstruído por Bertolucci está dividido em quatro partes: introdução (2’), a nova montagem de materiais de arquivo (16’), edição restaurada da versão de 1963 (53’) e o apêndice L’aria del tempo (12’), com materiais relacionados. As partes acrescentadas são narradas pelo próprio Bertolucci (prosa) e por Valerio Magrelli (poesia). Pasolini antecipa sua fase mais pessimista dos anos de 1970 ao observar que a TV é uma nova arma “inventada para a difusão da insinceridade e a mentira”, satisfazendo “milhões de candidatos à morte da alma”. Como observou Leonardo De Franceschi, Pasolini dedica boa parte de sua edição aos eventos do mundo subdesenvolvido – a reconquista do canal de Suez por Nasser, os novos estados africanos (Tunísia, Togo, Tanganika), uma homenagem a Lumumba, a libertação da Argélia – antecipando seus projetos terceiromundistas (a novela Il padre selvaggio, o diário cinematográfico Appunti per un’Orestiade africana, o livro de viagem L’Odore del’India e a própria Trilogia della Vita). O projeto terceiro-mundista será abandonado com a perda das ilusões gramscianas e o fim das esperanças num Terceiro Mundo revolucionário.
Itiburtinoterzo (Itália, 2009, 28’, doc). Direção, Roteiro, Produção: Roberta Torre. Fotografia: Adriano Mancori. Edição: Roberto Missiroli. Câmera: Luca Nervegna. Produção: Rosetta Film / Accademia Perduta Romagna. Documentário sobre os atuais “ragazzi di vita” (rapazes da vida). Filmado em Roma.
La notte quando è morto Pasolini (A noite em que morreu Pasolini, Itália, 2009, 25’, cor, doc). Direção, Roteiro: Roberta Torre. Produção: Roberta Torre. Fotografia: Adriano Mancori. Edição: Roberto Missiroli. Câmera: Luca Nervegna. Trinta anos depois do assassinato de Pier Paolo Pasolini, Pino Pelosi, que assumiu na época ser seu único assassino, é visitado na prisão e responde às perguntas que lhe são feitas de modo direto, assumindo ter tido relações íntimas com Pasolini no campo de Ostia e ter sido a última pessoa a vê-lo com vida, além dos mafiosos irmãos Borsellino e três outros desconhecidos que o teriam espancado brutalmente na noite do dia 2 de novembro de 1975. Em sua nova versão dos fatos – não necessariamente a última – Pelosi, que tinha então dezessete anos de idade, teria assumido a autoria exclusiva do crime aterrorizado com as ameaças dos assassinos de Pasolini, que teriam fugido em seguida num carro. Com a ajuda de imagens de arquivo, o documentário investiga o eterno mistério da morte de Pasolini e mostra as roupas que Pasolini e Pelosi usavam naquela noite e fotos da perícia do local do crime, conservadas no Arquivo da Justiça Criminal.
In Italia presenta il tesoro della poesia italiana dalle origini al Novecento: Pier Paolo Pasolini (In Italia apresenta o tesuoro da poesia italiana das origens ao século XX: Pier Paolo Pasolini (Itália, 2011, 30’, cor, doc, TV). Direção: Giulio Graglia. Guido Davico Bonino introduz as leituras de poesias de Pasolini interpretadas por Luciano Virgilio e comentadas no estúdio por especialistas.
Scrittori per un anno: l’India di Pasolini e Moravia (Histórias por um ano: a Índia de Pasolini e Moravia, Itália, 2012, 59’, cor, doc, TV). Direção: Daniela Mazzoli. Roteiro: Isabella Donfrancesco e Alessandra Urbani. O documentario inicia com reflexões de Giorgio Montefoschi e Dacia Maraini, que recordam a viagem à Índia de Alberto Moravia e Pier Paolo Pasolini em 1961. Uma viagem que resultou em dois livros que traduzem, desde seus títulos, as visões diversas dos dois amigos escritores: Un’idea dell’India (Uma ideia da Índia), com a visão mais fria e racional de Moravia; e L’odore dell’India, com a visão mais sensual e visceral de Pasolini.
Un uomo fioriva (Um homem florescia, Itália, 2013, 59′, cor, doc, TV). Direção: Enzo Lavagnini. A experiencia romana de Pasolini, seu encontro com a beleza da capital e o primeiro impacto com a vida da borgata.
Eco della Storia: Pier Paolo Pasolini. Rabbia, passione, ideologia (Eco da História: Pier Paolo Pasolini. Raiva, paixão, ideologia, Itália, 2015, 58’, doc, TV). Direção Nicoletta Nesler. O documentário parte da célebre frase de Moravia durante o enterro de Pasolini, assassinado a 2 novembre 1975: “Perdemos um poeta e os poetas são raros, não nascem tantos num século”. Walter Veltroni recorda a vida e a obra do último grande intelectual italiano.
Il Tempo e la Storia: Pasolini e la fede (O Tempo e a História: Pasolini e a fé, Itália, 2015, 43’59’’, cor, doc, TV). Episódio do programa de TV Il Tempo e la Storia, de Arnaldo Donnini, produzido pela Rai 3, com Massimo Bernardini e o historiador Alberto Melloni interrogando-se sobre as relações de Pasolini com a fé e o porque de Pasolini, um intelectual comunista, ateu e anárquico, que sofreu 33 processos sem nunca ser condenado, incluindo um processo por “atentado à religião” por La Ricotta, ter sido sempre atraído para temas religiosos e pela dimensão do sagrado. Disponível em: http://www.raistoria.rai.it/articoli/pasolini-e-la-fede/29916/default.aspx.
Paolo Mieli presenta Italiani: Pier Paolo Pasolini, il santo infame (Paolo Mieli apresenta italiano: Pier Paolo Pasolini, o santo infame, Itália, 2015, 52′, cor, doc). Direção: Graziano Conversano. Roteiro: Daniele Ongaro. Episódio de Rai Storia, narrado por Libero De Rienzo, para o 40° aniversario da morte de Pier Paolo Pasolini: o seu pensamento, o clima repressivo sob o qual trabalhava, a fragilidade de sua vida privada. Depoimentos do primo poeta Nico Naldini, das amigas Adriana Asti e Dacia Maraini, de colegas como o cineasta Ugo Gregoretti, e de outros amigos, colaboradores, historiadores e pesquisadores.
Storie della Letteratura: Le ceneri di Pasolini (Histórias da Literatura: As cinzas de Pasolini, Itália, 2015, 32’, cor, doc). Direção: Laura Vitali. Roteiro: de Isabella Donfrancesco e Alessandra Urbani. Com Dacia Maraini, Piero Gelli e Ninetto Davoli. A escritora Dacia Maraini, ex-esposa de Alberto Moravia e co-roteirista de As mil e uma noites; Piero Gelli, o primeiro editor de Pasolini na editora Garzanti; e Ninetto Davoli, ator-fetiche, o grande amor de Pasolini, recordam episódios vividos com o escritor e cineasta assassinado em Ostia há quarenta anos.
Storie sospette: Pier Paolo Pasolini (Histórias Suspeitas: Pier Paolo Pasolini, Itália, 2015, 28’, cor, doc, TV). Direção: Silvio Governi. Roteiro: G. Borgna, G. Governi. Uma investigação sobre os bastidores da morte de Pier Paolo Pasolini.
Uno speciale de Lo Stato dell’Arte (Episódio Especial de ‘O Estado da Arte’, Itália, 2015, 50’, cor, doc, TV). Direção: Andrea Montemaggiori. Apresentação: Maurizio Ferraris. Episódio especial do novo programa de Maurizio Ferraris com depoimentos e documentos filmados, dedicado aos aspectos mais contraditórios do legado literário de Pasolini.
Una giovinezza enormemente giovane (Uma juventude enormemente jovem, Itália, 2015, 90’, cor, drama, TV). Direção: Antonio Calenda. Roteiro: Gianni Borgna. Com Roberto Herlitzka. Monólogo teatral inspirado nos escritos e na vida de Pasolini. A narrativa onírica oscila entre o tom apocalíptico dos artigos de Pasolini para o Corriere della Sera e Paese Sera e a adivinhação profética no plano social e político. O fantasma de Pasolini é o espectador de seu próprio fim no Idroscalo de Ostia. O espetáculo foi gravado no Teatro Argentina de Roma em novembro de 2014 sob a direção Sabrina Salvatorelli.